Neste 16 de novembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes nas Estradas, uma data que visa prestar homenagem aos que perderam a vida ou ficaram gravemente feridos em acidentes de trânsito, juntamente com suas famílias e os trabalhadores de emergência que, dia após dia, se dedicam a salvar vidas.
Os números são alarmantes: anualmente, cerca de 1,2 milhão de vidas são perdidas devido a acidentes rodoviários, que continuam sendo a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos. Além disso, estima-se que 50 milhões de pessoas fiquem feridas em todo o mundo, afetando desproporcionalmente países de baixo e médio rendimentos e grupos vulneráveis, como pedestres, ciclistas e motociclistas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua preocupação com a crescente violência nas estradas, enfatizando a importância da responsabilidade coletiva para enfrentar o que chamou de “epidemia silenciosa”. Ele destacou que há soluções disponíveis para os governos, incluindo a melhoria das infraestruturas, a implementação de legislações rigorosas e a troca de boas práticas entre nações. Guterres também mencionou iniciativas como as Convenções da ONU sobre Segurança Rodoviária, que já ajudaram 94 países a salvar vidas.
Neste ano, durante a Conferência Ministerial Global sobre Segurança Rodoviária, os governos reafirmaram seu compromisso de reduzir pela metade o número de mortes nas estradas até 2030, em consonância com a Década de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030. O secretário-geral reiterou que, juntos, é possível garantir a segurança em todas as viagens, pedindo que a memória das vítimas sirva de motivação para a mudança.
A ONU alertou que, apesar das promessas feitas na Agenda 2030, o progresso ainda é insuficiente. O Dia Mundial foi estabelecido como um momento de conscientização internacional, com objetivos claros: honrar as vítimas de acidentes, reconhecer o trabalho das equipes de emergência, chamar a atenção para a resposta legal inadequada em relação a mortes evitáveis e promover ações baseadas em evidências que possam evitar novas tragédias. Os custos emocionais, sociais e econômicos da violência rodoviária são profundos, e cada acidente evitado pode preservar vidas e futuros.
A resolução A/RES/74/299 da Assembleia Geral estabeleceu a Década de Ação para a Segurança Rodoviária, pedindo que governos, cidades e cidadãos priorizem a segurança nas estradas. O plano global elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e comissões regionais da ONU propõe estratégias como planejamento urbano seguro, criação de vias que protejam usuários vulneráveis, limites de velocidade adequados, veículos mais seguros e uma resposta mais robusta após acidentes. Um foco especial da Semana Global de Segurança Rodoviária da ONU é a proteção de crianças, que continuam a ser um grupo desproporcionalmente afetado por tragédias no trânsito.
Origem: Nações Unidas





