A Europa enfrenta desafios significativos para aumentar sua competitividade global, conforme alerta Mário Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE). Em meio a uma ofensiva comercial dos Estados Unidos, a crescente influência chinesa e tensões geopolíticas, Draghi enfatiza a importância de um crescimento mais acelerado para que a União Europeia (UE) atinja suas metas climáticas, digitais e de segurança. Desde a publicação de seu relatório em setembro passado, que indicou áreas críticas como inovação, descarbonização e redução de dependências externas, Bruxelas tem trabalhado em uma “bússola” para guiar investimentos e políticas competitivas, mas esbarra na lentidão dos processos e na fragmentação regulatória.
O relatório de Draghi destacou a necessidade de reformar a política de concorrência da UE e reduzir encargos regulatórios, que muitas vezes beneficiam empresas não europeias em detrimento de startups locais. Ele enfatizou a urgência em revisar diretrizes de fusão para facilitar a consolidação e inovação, sugerindo que a colaboração entre os Estados-membros e uma possível dívida comum para projetos estratégicos poderiam alavancar a competitividade da região. Embora progressos tenham sido feitos, como a canalização de bilhões de euros para inovação, Draghi expressa preocupação com a desilusão dos cidadãos com a lentidão do processo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, delineou próximos passos para impulsionar a competitividade, incluindo investimentos em tecnologias digitais e limpas e simplificação da burocracia. Draghi, no entanto, argumenta que é necessário um aumento real na ambição tecnológica e uma cooperação mais sólida entre os países da UE. Ele adverte que, sem ação decisiva, a Europa pode não acompanhar o ritmo de mudança de outras partes do mundo, destacando que a sobrevivência econômica da região depende de romper barreiras autoimpostas e mobilizar capital privado.
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