Nesta quarta-feira, Philippe Lazzarini, comissário geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), trouxe à tona a trágica condição das crianças em Gaza, expressando sua indignação em uma rede social. Ele lamentou a perda de ao menos 100 menores devido à desnutrição e à fome resultantes do conflito, enquanto o número total de crianças mortas ou feridas desde o início dos bombardeios sobe para 40 mil. Dados do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) revelam que cerca de 17 mil crianças estão desacompanhadas, além de mais de 1 milhão vivendo em condições de “profundo trauma” e sem acesso à educação.
Lazzarini enfatizou a responsabilidade da comunidade internacional, afirmando que “ninguém deve ficar em silêncio quando crianças morrem ou são brutalmente privadas de um futuro”. A Unrwa opera 161 escolas na Jordânia, oferecendo um espaço seguro para mais de 100 mil crianças refugiadas palestinas.
O alerta sobre a devastação em Gaza foi reforçado por um grupo de especialistas independentes, que denunciou a destruição deliberada do sistema de saúde pelas Forças de Defesa de Israel, caracterizando essa ação como um “assassinato da saúde”. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outubro de 2023 e junho de 2025, foram registrados 735 ataques ao sistema de saúde, resultando na morte de 917 palestinos e deixando 1.411 feridos.
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) também se pronunciou, destacando a “terrível situação humanitária” devido à fome e desnutrição, agora em níveis alarmantes. O escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária (Ocha) informou que, nas últimas 24 horas, cinco mortes relacionadas à desnutrição foram relatadas, elevando o total para 227 desde outubro, incluindo 103 crianças. Além disso, a agência da ONU está pleiteando a autorização para envio de mais ajuda humanitária à região, sublinhando a urgência da situação.
Origem: Nações Unidas