Em meio ao aumento da virtualização massiva, muitos departamentos de TI ainda confundem os conceitos de “snapshot” e “backup” em suas operações diárias. Essa confusão pode se transformar em um problema sério, especialmente em momentos críticos, como falhas em datastores ou hosts.
Um snapshot, frequentemente utilizado como uma solução rápida, é, na verdade, uma “fotografia” do estado de uma máquina virtual em um dado momento. Ele captura o conteúdo dos discos virtuais, a configuração de hardware e até mesmo o estado da memória e CPU, funcionando como um ponto de retorno temporário. Entretanto, essa ferramenta não deve ser vista como uma alternativa ao backup.
Os fabricantes de software e sistemas de virtualização alertam que os snapshots não são cópias independentes. Eles dependem da integridade do datastore original; assim, se ocorrer um problema nesse armazenamento, o snapshot pode ser perdido. Além disso, o uso prolongado de snapshots pode levar à degradação do desempenho e ao aumento do consumo de espaço, tornando-os inadequados como estratégia única de proteção.
Por outro lado, um backup é uma cópia consistente e independente da máquina virtual, armazenada em um local diferente do ambiente original. Essa distinção é crucial, pois um backup eficaz não só protege contra falhas técnicas, mas também garante a continuidade do negócio em casos de desastres, erros humanos ou ataques cibernéticos.
As organizações são convidadas a repensar suas abordagens. Enquanto os snapshots podem ser úteis para testes e mudanças de configuração rápidas, apenas um backup bem estruturado assegura que, em caso de calamidade, a recuperação dos dados seja possível, mesmo em um ambiente completamente distinto.
Para garantir a segurança dos dados, os administradores devem adotar boas práticas, como definir uma estratégia clara de retenção, manter cópias em locais físicos diferentes e realizar testes de restauração regularmente. Somente assim, será possível mitigar os riscos associados à dependência exclusiva de snapshots e assegurar a proteção real das informações corporativas.






