Os jovens portugueses estão a deixar a casa dos pais em média aos 28,9 anos, posicionando-se como os sétimos na União Europeia a emanciparem-se mais tarde, segundo os dados publicados pelo Eurostat. Esta situação é atribuída principalmente à atual crise da habitação, que tem dificultado o acesso a residências adequadas. Comparativamente, outros países como a Croácia, Eslováquia e Grécia apresentam idades médias ainda mais elevadas, reforçando a tendência de amadurecimento tardio entre os jovens europeus.
Em 2024, Portugal contabilizou uma taxa de 8,4% de jovens que enfrentavam sobrecarga habitacional, ou seja, gastavam 40% ou mais do seu rendimento disponível em habitação. Este índice é superior em relação à média da população total, que é de 6,9%. O Eurostat destaca que a crise da habitação atinge desproporcionalmente os jovens, que lidam com preços crescentes de arrendamento e compra de imóveis. A situação é agravada por fatores como a especulação imobiliária, especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto.
Para enfrentar esses desafios, o Governo português tem implementado diversas medidas, incluindo o aumento da oferta de habitação pública e a regulação do mercado de arrendamento. Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia está a desenvolver um plano, a ser apresentado ainda este ano, que visa tornar a habitação mais acessível, com foco em financiamento e incentivos estatais. Este plano pode trazer melhorias significativas na vida dos jovens, permitindo-lhes abandonar a casa dos pais em condições mais favoráveis.
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