O professor Ricardo Bessa, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e coordenador do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC, foi recentemente nomeado “Fellow” do IEEE, uma das mais prestigiosas distinções na área da engenharia. Esta honraria é reconhecida mundialmente e destaca contribuições significativas para a evolução tecnológica em benefício da sociedade.
A designação reflete o trabalho de Bessa na previsão de energia renovável e na sua integração em sistemas de apoio à decisão. A presidente do IEEE, Kathleen A. Kramer, elogiou as realizações do professor, ressaltando a importância de suas investigações que visam melhorar a integração de fontes de energia renovável no sistema elétrico. Aira afirma que Portugal, ao investir em energias renováveis ao longo das últimas duas décadas, criou tanto oportunidades quanto desafios. Bessa é um dos profissionais que tem se destacado no desenvolvimento de metodologias e ferramentas que lidam com a variabilidade e incerteza deste tipo de energia.
João Claro, presidente do conselho de administração do INESC TEC, comentou sobre a honra que essa nomeação representa, enaltecendo a dedicação e o impacto do trabalho de Bessa, que não só beneficia a instituição, mas também o setor elétrico de forma global. O grau de “Fellow” é uma designação concedida a menos de 0,1% dos membros votantes do IEEE anualmente, o que demonstra o caráter exclusivo e reservado da distinção.
Ricardo Bessa, natural de Viseu, possui um histórico académico impressionante, com formação em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores em Sistemas Sustentáveis de Energia pelo MIT Portugal, além de um doutoramento na mesma área pela FEUP. Com mais de 200 publicações e a participação em mais de 50 projetos nacionais e europeus, Bessa também é cofundador da empresa spin-off Prewind, além de ter sido premiado pelo seu trabalho em previsão de produção renovável.
A sua nomeação como “Fellow” do IEEE terá efeitos a partir de 1 de janeiro de 2026, e Bessa acredita que, em tempos de desafios enfrentados pela ciência, é fundamental valorizar trabalhos que gerem impacto e recebam reconhecimento internacional.
Origem: Universidade do Porto






