A relatora especial da ONU sobre venda, exploração e abuso sexual de crianças, Mama Fatima Singhateh, fez um alerta crítico durante sua apresentação do relatório à Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. Ela destacou que as crianças que vivem nas ruas permanecem entre as mais marginalizadas e invisíveis, enfrentando discriminação sistêmica e exclusão de serviços essenciais como saúde, educação e acesso à justiça.
Singhateh identificou a exploração sexual dessas crianças como uma das violações mais graves e subestimadas dos direitos humanos. A relatora criticou as respostas fragmentadas e insuficientes dos governos, enfatizando a necessidade de políticas que combinem prevenção, proteção e inclusão. Ela pediu uma abordagem que respeite a dignidade e os direitos desses menores, afirmando que as políticas de proteção devem ser elaboradas com a participação ativa das crianças em situação de rua.
A falta de dados confiáveis é apontada como um dos principais obstáculos para a criação de políticas eficazes. Singhateh advertiu que sem informações precisas, essas crianças permanecem invisíveis nos sistemas nacionais de proteção. Além disso, ela destacou a importância de reforçar os sistemas de proteção infantil e de garantir acesso a serviços de justiça, para que nenhuma criança seja deixada para trás.
Em seu discurso, a especialista enfatizou a importância do reconhecimento social e legal dessas crianças como um passo fundamental para a transformação. A mobilização internacional em defesa dos direitos humanos é vista como essencial para enfrentar o problema da exploração sexual, reclamando um enfoque que aborde tanto as causas estruturais quanto as vulnerabilidades individuais.
Origem: Nações Unidas




