As taxas de juro nos créditos habitação em Portugal continuam a apresentar tendências de queda, com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicando que, em outubro, os juros desceram para 3,180%, representando menos de 50% das prestações mensais. Esta redução, que começou há mais de um ano e meio, é particularmente significativa, uma vez que os juros não pesavam menos de metade do total das prestações desde abril de 2023. Em outubro, a prestação média estabeleceu-se em 394 euros, apenas um euro a mais do que no mês anterior, refletindo um aumento no capital em dívida.
A descida das taxas de juro pode ser atribuída ao fato de que muitos contratos antigos estão atrelados às taxas Euribor a 6 e 12 meses, que têm diminuído nos últimos meses. Além disso, a tendência de contratos com taxas mistas, que oferecem juros fixos inicialmente mais acessíveis, tem contribuído para essa realidade. Os dados indicam que, para novos contratos, a taxa de juro também apresentou redução, fixando-se em 2,850%, um decréscimo em relação ao mês anterior.
Entretanto, mesmo com a redução nas taxas, as prestações continuam a aumentar, evidenciado pelo fato de que, nos últimos três meses, o valor médio da prestação atingiu 667 euros. Este aumento pode ser impulsionado pela elevação dos preços das casas e pela garantia pública oferecida a jovens compradores, que financiam a totalidade do empréstimo, o que pode estar contribuindo para um aumento do montante médio em dívida. O INE destaca que o valor médio das dívidas subiu para 165.593 euros, refletindo desafios no acesso à habitação em meio a um cenário de juros em queda.
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