Recentemente, o Financial Times entrevistou Christian Kälin, presidente da Henley & Partners e um dos principais responsáveis pela criação dos programas de “visto dourado”. Esses esquemas, que oferecem residências e cidadania a estrangeiros em troca de investimentos significativos, como na compra de imóveis, têm se expandido globalmente. No entanto, a Henley & Partners enfrenta um desafio significativo após a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que considerou ilegal o regime de cidadania por investimento de Malta, alegando que isso mercantiliza a cidadania europeia.
Apesar desse revés, Kälin se mantém otimista sobre o futuro do mercado de vistos dourados, ressaltando que o interesse por esses programas continua a crescer em várias partes do mundo. Ele observa que, enquanto a Europa pode estar fazendo um passo atrás, outras regiões estão avançando. A Henley & Partners, por exemplo, tem ampliado suas operações para países do Caribe, onde seus serviços resultaram em uma receita significativa ao longo dos anos, mesmo em meio a crescente crítica sobre os riscos de corrupção associados a esses programas.
Por fim, Kälin destaca que a demanda por esses vistos vai além das fronteiras europeias, com exemplos como o programa dos Estados Unidos que permite que investidores obtenham a residência mediante investimentos substanciais. No entanto, a Henley & Partners continua sob a mira de organizações de controle, que alertam para a falta de transparência e a possibilidade de práticas corruptas no setor, levantando questões sobre a efetividade e os reais benefícios econômicos que esses programas trazem para os países que os adotam.
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