As exportações portuguesas de bens apresentaram uma queda significativa de 11,3% em julho, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações aumentaram 2,8%. Esses dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), resultaram em um agravamento do défice da balança comercial de bens, que chegou a 3.293 milhões de euros, um aumento de 1.173 milhões em relação ao mês anterior. Essa tendência negativa nas exportações reflete a fragilidade do mercado externo e os desafios enfrentados pela economia nacional.
No acumulado de janeiro a julho, as exportações, excluindo as transações sem transferência de propriedade (TTE), caíram apenas 0,5%, enquanto as importações aumentaram 3,6%. Ao se considerar a variação incluindo as TTE, as exportações apresentaram um ligeiro crescimento de 0,7%, em contraste com uma expressiva alta de 6,3% nas importações, que ampliaram o défice acumulado para 18.224 milhões de euros. O cenário é preocupante, especialmente para setores como o fornecimento industrial, que registraram quedas, particularmente nos produtos químicos destinados à Alemanha e aos Estados Unidos.
Por outro lado, o sector de material de transporte teve um desempenho positivo, com um aumento nas exportações de 17,8%, o que contribuiu para mitigar a queda geral nas vendas externas. As importações também foram puxadas pelo aumento desses materiais, além dos bens de consumo, como automóveis e produtos alimentares, especialmente provenientes da Alemanha e da Espanha. No comércio com os Estados Unidos, as exportações caíram 8,1% no primeiro semestre, enquanto as importações subiram 14,5%, reforçando a posição dos EUA como um importante parceiro comercial para Portugal.
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