No Afeganistão, o cenário educacional das meninas permanece sombrio, quatro anos após a imposição de restrições severas pelo Talibã. Desde que o grupo retomou o controle de Cabul, muitas organizações internacionais têm expressado preocupação com as consequências da proibição do ensino secundário feminino. Estima-se que esta política custe ao país cerca de US$ 1,4 bilhão anuais, além de comprometer o futuro de uma geração inteira de meninas.
A ONU Mulheres revelou que mais de 90% da população afegã apoia a educação para meninas, mas, apesar do suporte humanitário internacional, a reintegração de alunos nas escolas ainda é um desafio. Atualmente, até sete milhões de crianças estão fora da sala de aula devido a estas restrições.
Fatima Amiri, uma jovem que sobreviveu a um ataque suicida em sua escola, defende o direito de suas colegas à educação. Agora vivendo fora do Afeganistão, ela compartilha sua experiência no Conselho de Direitos Humanos da ONU, clamando por ações concretas para permitir que meninas continuem seus estudos. Fatima expressa que muitas estão se esforçando para aprender em casa, utilizando os recursos limitados que ainda possuem.
A situação, de acordo com Fatima, é insustentável. Ela enfatiza a falta de mudanças e a necessidade urgente de oportunidades de aprendizado, como bolsas de estudo ou ensino online, para garantir que as meninas não percam a esperança de um futuro melhor. Para ela, a educação é não apenas um direito, mas a única maneira de transformar a realidade no Afeganistão.
Origem: Nações Unidas





