Um novo relatório global revela desafios na cibersegurança
Um recente relatório internacional intitulado “Melhorando a resiliência: cibersegurança por meio da imunidade do sistema”, publicado esta semana pela Kaspersky, traz à tona uma visão paradoxal sobre a situação da cibersegurança nas grandes empresas. Embora 98% dos profissionais de segurança da informação se sintam satisfeitos com suas infraestruturas atuais, a pesquisa mostra que quase todos reconhecem que há espaço para melhorias em suas defesas digitais.
O estudo, que entrevistou 850 profissionais de TI de diversas partes do mundo, incluindo Europa, América, Ásia-Pacífico, Rússia e região META, investigou como as organizações estão gerenciando sua proteção e quais planos têm para o futuro.
Satisfação e autocrítica
Apesar de 94% dos entrevistados se declararem satisfeitos ou muito satisfeitos com as defesas de suas organizações, uma análise mais detalhada aponta para uma significativa autocrítica técnica. 76% acreditam que há aspectos que podem ser melhorados, enquanto 22% afirmam que são necessárias melhorias importantes.
Os principais pontos fracos destacam-se:
- Processos manuais que consomem muito tempo (30%)
- Proteções reativas, em vez de sistemas proativos (29%)
- Falta de pessoal especializado (27%)
- Excesso de ferramentas diferentes sem integração (23%)
A Kaspersky alertou para os riscos da fragmentação tecnológica, a qual complica a gestão e aumenta as chances de erros humanos, deixando setores vulneráveis a brechas de segurança.
Novos desafios emergentes
Além dos desafios operacionais, os profissionais mencionaram preocupações adicionais, como:
- Risco elevado de colapso após um ataque bem-sucedido (22%)
- Ambientes de TI/OT complexos de manter (21%)
- Uso de inteligência de ameaças desatualizada (20%)
- Cansaço por excesso de alertas (18%)
- Ferramentas pouco funcionais (17%)
Esses dados indicam uma necessidade urgente de transitar para um modelo de segurança mais integrado e automatizado, capaz de se adaptar a um cenário de ameaças em constante mudança.
A proposta da Kaspersky
A Kaspersky sugere três estratégias para fortalecer a cibersegurança em ambientes corporativos:
- Implementar soluções XDR como o Kaspersky Next XDR Expert, que centralizam a coleta de dados e oferecem resposta automática a ameaças.
- Aumentar a visibilidade utilizando o Kaspersky Threat Intelligence, visando detectar riscos antes que se concretizem.
- Integrar segurança no design desde o código, através de sistemas como o KasperskyOS, que permitem que as aplicações operem com segurança, mesmo sob ataque.
“Empresas precisam de uma abordagem mais coesa e preventiva que reforce todo o seu ecossistema digital. A resiliência deve estar no centro da estratégia de segurança”, afirma Alexander Kostyuchenko, gerente de produto na Kaspersky.
Conclusão: evoluindo de defesa para resiliência
O relatório não apenas identifica as fragilidades nas estratégias atuais, mas também sinaliza uma mudança de paradigma. Em um mundo hiperconectado, onde ciberataques podem paralisar operações críticas, as organizações estão buscando não apenas se defender, mas se adaptar, resistir e se recuperar rapidamente.
Modernizar as defesas não é mais uma escolha; é uma necessidade para se manter competitivo e garantir a continuidade dos negócios no século XXI.