Os proprietários de imóveis em Portugal demonstraram interesse em disponibilizar mais propriedades para arrendamento a estudantes, segundo uma recente sondagem da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) divulgada em 25 de agosto de 2025. No entanto, essa disposição está condicionada a incentivos fiscais e garantias que possam mitigar os riscos associados a esse tipo de arrendamento. Luís Menezes Leitão, presidente da ALP, enfatizou que a adoção de benefícios fiscais em IRS e IMI, bem como a proteção contra potenciais prejuízos, seriam fundamentais para aumentar a oferta de alojamento estudantil.
Os dados coletados revelam que a principal motivação dos proprietários para arrendar a estudantes é a flexibilidade dos contratos, com 51% citando essa característica como atrativa. Por outro lado, 49% destaca os potenciais danos aos imóveis como uma barreira significativa. A pesquisa indica que 87% dos inquiridos acreditam que a existência de benefícios fiscais seria o maior incentivo para disponibilizar imóveis, enquanto 42% considera que garantias públicas contra incumprimentos contratuais poderiam estimular a oferta.
A ALP ressalta que, atualmente, Portugal conta com apenas 15 mil camas públicas para atender a um universo de meio milhão de estudantes do ensino superior, o que evidencia a necessidade de integrar proprietários privados na solução do problema de alojamento. Uma das propostas da ALP inclui a revisão do teto da caução, o que permitiria maior proteção aos proprietários e facilitaria a oferta de imóveis para o mercado estudantil. A associação acredita que, com o apoio adequado, é possível aumentar significativamente a oferta de habitação para estudantes no país.
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