Um novo relatório intitulado “Perspectivas Agrícolas 2025-2034” foi apresentado nesta terça-feira em Roma pela FAO e pela OCDE, destacando tendências importantes para a produção e consumo de alimentos de origem animal nas economias emergentes. O documento aponta que, nos próximos dez anos, a melhora do rendimento nos países de renda média deverá causar um aumento significativo na ingestão calórica destes produtos.
Conforme as previsões, será necessária uma elevação substancial na produção alimentar para ajudar a combater a subnutrição e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola. O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, enfatizou a importância de políticas coordenadas para manter os mercados de alimentos abertos, ao mesmo tempo em que se busca aumentar a produtividade e a sustentabilidade a longo prazo.
Um dos objetivos principais do relatório é a redução das emissões de carbono na agricultura em 7% até 2034. Para alcançar esse resultado, é proposta uma melhora de pelo menos 15% na produtividade agrícola, utilizando técnicas sustentáveis. O relatório estima que os ganhos de produtividade em países de renda média podem levar a um crescimento de 14% na produção global de commodities agrícolas e pesqueiras até 2034.
Apesar do aumento esperado na produção de carne, laticínios e ovos, que deve crescer 17%, o estudo alerta que isso também implicará um aumento de 7% nos rebanhos de bovinos, ovinos, suínos e aves. Cormann destacou que este desempenho deverá estar ligado a um aumento de 6% nas emissões diretas de gás carbônico provenientes da agricultura.
Além disso, as melhorias na produtividade poderão pressionar os preços das commodities agrícolas para baixo, criando desafios significativos para pequenos agricultores, que enfrentam dificuldades em adotar as tecnologias inovadoras necessárias para aumentar sua produtividade em um mercado volátil.
Origem: Nações Unidas