No terceiro trimestre de 2025, a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) apresentou um aumento significativo nas reclamações referentes a prestadores de serviços de comunicações, totalizando 26,8 mil reclamações. Este número representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com especial destaque para os serviços postais, que sozinhos contribuíram com 11,4 mil reclamações, uma alta de 11%.
Em termos de modalidades de reclamação, o livro de reclamações eletrónico manteve-se como a escolha predominante entre os consumidores, representando 63% do total de queixas. Isso indica um aumento de 23% desde 2024. Em contraste, o livro de reclamações físico viu uma queda na sua utilização, com apenas 34% das reclamações, enquanto o serviço de atendimento da ANACOM respondeu por cerca de 3% das queixas recebidas.
Entre os prestadores de serviços de comunicações eletrónicas, a VODAFONE continuou a ser a empresa mais reclamada, acumulando aproximadamente 5,3 mil reclamações, o que corresponde a 34% do total. A MEO, apesar de ser a empresa com menos reclamações por mil clientes, teve um aumento considerável na quantidade de queixas, somando 4,5 mil reclamações, o que representa um crescimento de 11% em relação ao trimestre anterior. Já a NOS foi a única das três principais prestadoras que teve uma redução no número de reclamações, atingindo cerca de 3,9 mil queixas.
A insatisfação dos consumidores está centrada, em grande parte, na demora ou na reparação deficiente de falhas nos serviços, que representou 15% das reclamações sobre comunicações eletrónicas. Este motivo tem visto uma subida consistente ao longo do ano. Outras preocupações incluíram a demora na ligação inicial de serviços fixos e problemas relacionados com o serviço telefónico móvel, com a DIGI apresentando um aumento significativo nesta última área.
No que toca aos serviços postais, a maior parte das reclamações foi direcionada aos CTT, que registraram 9,1 mil reclamações, representando 79% do total no setor. A falta de tentativa de entrega no domicílio continuou a ser o principal motivo de queixa entre os consumidores, com 22% das reclamações relacionadas a essa questão.
Os dados ressaltam a necessidade de melhorias nos serviços prestados e reforçam o papel da ANACOM no acompanhamento e na mediação das insatisfações dos consumidores, que continuam a buscar soluções para uma comunicação mais eficiente e satisfatória.
Origem: Portal Consumidor Anacom






