No primeiro trimestre de 2025, o tráfego postal em Portugal registrou uma redução de 7,9%, totalizando 118,9 milhões de objetos. Esse declínio foi impulsionado pela diminuição das correspondências e do correio editorial, que viram suas quantidades diminuírem em 10,3% e 9,2%, respectivamente. Em contraste, o segmento de encomendas teve um desempenho positivo, com um aumento de 4,0%, representando agora 15,8% do tráfego total.
A receita média por objeto, por sua vez, subiu 7,2%, mantendo uma tendência de crescimento que se iniciou em 2018. Esta alta é atribuída ao aumento da receita unitária das correspondências, resultado de ajustes de preços realizados pelos CTT. Contudo, as receitas provenientes de correspondência caíram 4,8%, enquanto as receitas de encomendas aumentaram 3,5%, evidenciando a mudança no comportamento dos consumidores.
O Serviço Universal, que é a base das operações postais, representou 80,4% do tráfego, mas também sofreu uma queda de 9,8% em comparação ao ano anterior. Embora a quota de mercado do grupo CTT se mantenha significativa, ocorrendo uma leve diminuição de 1,4 p.p. no tráfego geral.
Em termos de emprego, o setor postal viu uma diminuição de 2,9% no número total de trabalhadores, refletindo a reestruturação em andamento dentro do grupo CTT, que apresentou uma queda de 7,0% no número de funcionários. Por outro lado, outros operadores no mercado aumentaram sua força de trabalho em 6,5%.
Além dessas mudanças, o setor registrou um aumento de 6,5% no número de pontos de acesso e um leve crescimento nos centros de distribuição, indicando uma tentativa de adaptação às novas demandas do mercado. Apesar das dificuldades enfrentadas, a evolução nos serviços postais continua sendo monitorada de perto, já que a dinâmica do setor se transforma com os novos hábitos dos consumidores.
Origem: Portal Consumidor Anacom