O relatório de consumo de notícias do Instituto Reuters, divulgado nesta terça-feira, traz dados preocupantes sobre a confiança dos portugueses nos meios noticiosos. Atualmente, 54% dos inquiridos afirmam confiar na maioria das notícias, uma queda significativa em relação aos 66% registrados em 2015. Essa diminuição de 12 pontos percentuais ao longo da última década destaca uma tendência crescente de desconfiança.
Apesar disso, Portugal continua a ser um dos países do sul da Europa com maior confiança nas notícias. Entre os meios de comunicação mais confiáveis, destacam-se a RTP, o Jornal de Notícias, o Expresso, a SIC e a Rádio Comercial.
Quando se trata de fontes de informação, a televisão ainda é a principal escolha pela manhã, embora tenha perdido relevância ao longo dos anos. Em termos de consumo, 69% dos portugueses utilizam meios digitais, seguidos pela televisão com 67%, redes sociais com 44% e jornais impressos com apenas 17%. Curiosamente, o uso de “chatbots” de Inteligência Artificial para consumo de notícias começou a ser analisado este ano, com 4% dos inquiridos relatando essa prática.
No que diz respeito ao pagamento por conteúdos digitais, apenas 10% dos inquiridos estão dispostos a pagar por assinaturas, um número aquém da média em outros países. Entre os mais populares estão o Expresso, o Público e o Correio da Manhã.
Em termos de liberdade de imprensa, Portugal ocupa a oitava posição no World Press Freedom Index Score, tendo perdido uma posição em relação ao ano passado. A pesquisa em questão foi realizada pela YouGov, com uma amostra global de cerca de 97 mil pessoas, das quais 2014 eram de Portugal.
Origem: JPN Universidade do Porto