A economia portuguesa experimentou uma capacidade de financiamento de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025, uma diminuição de 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Os indicadores de rendimento nacional, como o Rendimento Nacional Bruto (RNB) e o Rendimento Disponível Bruto (RDB), mostraram um crescimento de 1,5% e 1,3%, respectivamente. Essa evolução é superior à variação de 1,1% observada nos mesmos indicadores no trimestre anterior.
Essa diminuição na capacidade de financiamento foi impulsionada pela redução dos saldos na maioria dos setores internos, com exceção das Sociedades Não Financeiras (SNF). Quanto ao RDB das Famílias, também verificou-se um aumento de 1,5%, acompanhada por variações das remunerações recebidas de 1,8% e do Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 1,5%. Essa combinação, juntamente com um aumento de 1,4% na despesa de consumo final, resultou numa ligeira elevação da taxa de poupança familiar para 12,6%, comparado a 12,4% no trimestre anterior.
As necessidades de financiamento das SNF apresentaram uma redução de 0,3 pontos percentuais, estabelecendo-se em -4,4% do PIB. O VAB e as remunerações pagas cresceram 1,4% e 1,8%, respectivamente, enquanto a Formação Bruta de Capital (FBC) aumentou 1,5%. Para as Sociedades Financeiras, a capacidade de financiamento ficou em 1,6% do PIB, uma diminuição de 0,2 pontos percentuais.
Por fim, o setor das Administrações Públicas alcançou um saldo positivo de 0,5% do PIB no ano encerrado no segundo trimestre de 2025, uma queda de 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Em termos trimestrais, o saldo atingiu 1.412 milhões de euros, correspondente a 1,9% do PIB, comparado a 2,5% no mesmo período do ano anterior. A receita total aumentou 4,6%, enquanto a despesa total subiu 6,3%, evidenciando as pressões orçamentárias enfrentadas.
Origem: Instituto Nacional de Estatística
