Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal apresentou um crescimento real de 2,1%, demonstrando uma evolução desigual entre as diversas regiões do país. As regiões do Alentejo e da Madeira foram as que mostraram os desempenhos mais fracos, com crescimentos de apenas 1,1% e 1,5%, respetivamente. Em contrapartida, as regiões do Centro e do Oeste e Vale do Tejo, assim como Grande Lisboa e Península de Setúbal, apresentaram resultados que superaram ligeiramente a média nacional, com variações de 0,1 pontos percentuais acima da média.
No ano anterior, 2023, o PIB português havia crescido 3,1%, com um desempenho regional heterogéneo, destacando-se o Oeste e Vale do Tejo com um aumento notável de 4,8%. As regiões que mais se destacaram foram a Madeira e os Açores, com crescimentos de 4,6% e 3,5%, respetivamente. Por outro lado, o Alentejo apresentava o crescimento mais modesto, com apenas 0,5%.
Um dado relevante é a leve redução da disparidade regional do PIB per capita em 2024, ao contrário do que aconteceu no ano anterior. A diferença entre a Grande Lisboa, que possui o maior índice, e a Península de Setúbal, que apresenta o menor, diminuiu de 89,8 para 89,2 pontos percentuais.
Considerando o contexto da União Europeia, o PIB per capita em paridades de poder de compra da Grande Lisboa ultrapassou novamente a média da UE27, atingindo 128,9%. As outras regiões, exceto o Alentejo que manteve o índice de 77,1% de 2023, foram reduzindo a distância em relação à média europeia. Por exemplo, o Algarve alcançou 89,2%, enquanto a Madeira e os Açores atingiram, respetivamente, 88,3% e 72,5%. Apesar dessa convergência, regiões como o Oeste e Vale do Tejo e a Península de Setúbal, com 64,6% e 55,4% do PIB per capita, ainda figuram entre as com os níveis mais baixos em comparação com a média da União Europeia.
Origem: Instituto Nacional de Estatística





