No primeiro trimestre de 2025, o mercado imobiliário português apresentou resultados significativos, com o preço mediano de alojamentos familiares a situar-se em 1.951 €/m², marcando uma impressionante subida de 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este aumento é acompanhado por uma notável elevação de 24,9% no número de transações, o que indica um aquecimento do setor.
As sub-regiões NUTS III demonstraram um crescimento evidente nos preços da habitação, com destaque para o Alto Alentejo, que registrou um crescimento assombroso de 51,6%. As áreas de Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto apresentaram os preços mais elevados, especialmente entre compradores com domicílio fiscal no estrangeiro, que pagaram, em média, 52,5% a mais em Lisboa e 32,3% a mais no Porto.
O cenário também foi variado entre os municípios, como Santa Maria da Feira e Cascais, que lideraram os aumentos com incrementos de 15,8 e 14,8 pontos percentuais, respetivamente. No entanto, o município do Funchal foi o único a sofrer uma diminuição significativa, com uma queda de 30,2 pontos percentuais na taxa de variação homóloga. Por outro lado, Lisboa e Porto observaram ligeiras quedas que podem indicar uma estabilização no valor da habitação.
Na lista dos preços mais altos, Lisboa se destaca com 4.492 €/m², seguida de perto por Cascais e Oeiras, refletindo a demanda contínua por habitação de qualidade nessas zonas. A tendência de valorização do mercado imobiliário sugere uma recuperação robusta após o impacto da pandemia, embora desafios possam advir das flutuações econômicas e das políticas habitacionais futuras.
Origem: Instituto Nacional de Estatística