Um projeto inovador no setor pesqueiro europeu está se destacando na luta contra a poluição marinha e o problema da pesca fantasma, com um foco especial na região da Puglia. Estima-se que cerca de 550.000 toneladas de equipamentos pesqueiros se acumularam na Área Econômica Europeia, com 12.000 toneladas sendo adicionadas anualmente. Para enfrentar essa questão, o projeto “Pescando Sem Plástico” (PE.S.PLA) foi desenvolvido, visando criar materiais biodegradáveis para equipamentos de pesca artesanal.
Os operadores de pesca artesanal, juntamente com pesquisadores e fabricantes de redes, uniram forças para investigar e desenvolver alternativas sustentáveis. Roberto D’Ambra, representante da Associação Agrícola, enfatiza a importância de abordar o impacto ambiental dos equipamentos perdidos, que continuam a capturar peixes indefinidamente devido à durabilidade de materiais sintéticos como nylon e polipropileno. Isso não só afeta a vida marinha, mas também desequilibra toda a cadeia alimentar.
Os primeiros testes indicaram que as linhas e redes biodegradáveis ainda não são substitutos viáveis para os materiais sintéticos convencionais, devido à sua fragilidade. Além disso, houve uma relutância por parte das empresas em investir no desenvolvimento de novos materiais. Aunque a pesquisa é promissora, a ausência de padrões reconhecidos para biodegradabilidade no ambiente marinho representa um desafio significativo.
Com o apoio de financiamentos da União Europeia, o PE.S.PLA não só busca soluções inovadoras, mas também se alinha com as metas de sustentabilidade e inovação do bloco europeu. O projeto pode ter um impacto real no futuro do setor pesqueiro, podendo, eventualmente, transformar a abordagem da pesca artesanal em toda a região. O projeto destaca a necessidade de mais pesquisa e gestão adequada para garantir que as inovações sejam eficazes e sustentáveis a longo prazo.
Origem: Oceanos e pescas Europa