O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) recentemente lançou um guia sobre os riscos associados aos microplásticos, que se encontram amplamente disseminados na água, no solo e no ar. Esses pequenos fragmentos de plástico, que já representam uma ameaça à saúde humana e à biodiversidade do planeta, somaram cerca de 2,7 milhões de toneladas no ambiente em 2020, com previsões alarmantes de que esse número pode dobrar até 2040.
Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, que ocorre em 5 de junho, o Pnuma lançou uma campanha chamada #BeatPlasticPollution, incentivando os governos a acelerar a implementação de um tratado internacional que visa lidar com a poluição plástica. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou a urgência da aprovação deste acordo, que enfrenta desafios significativos, especialmente após uma tentativa de negociação ter falhado no ano passado em Genebra.
Além das preocupações sobre a saúde humana, os microplásticos também afetam a flora e fauna, podendo interferir no crescimento de organismos aquáticos essenciais, como o fitoplâncton. A maioria dos microplásticos vem da degradação de plásticos maiores ou é utilizada intencionalmente em produtos cosméticos. Entretanto, seu impacto se estende por toda a cadeia alimentar, com investigações mostrando a presença dessas partículas nos corpos humanos, incluindo nas paredes das artérias.
Os especialistas afirmam que medidas imediatas são necessárias. A redução do uso de microplásticos em produtos, a melhoria dos sistemas de reciclagem e um maior comprometimento global são passos essenciais para mitigar esse crescente problema ambiental. As negociações para o tratado contra a poluição plástica serão retomadas em agosto, com a expectativa de que os países cheguem a um consenso que respeite o meio ambiente e a saúde pública.
Origem: Nações Unidas