Investigações revelaram práticas chocantes em Quinta da Marinha, a maior granja de patos da Europa, localizada em Benavente, Portugal. A Associação de Proteção Animal ARDE denunciou métodos cruéis de tratamento com os animais, incluindo trabalhadores que agem com brutalidade sistemática, como dar chutes e arremessar os patos. As imagens capturadas por câmeras ocultas documentaram um ambiente insalubre, onde os patos convivem com cadáveres de outros animais e excrementos acumulados. Essa exploração não só contraria os mínimos padrões de bem-estar animal, mas também representa um risco para a saúde pública, já que a carne produzida nessas condições é comercializada em supermercados e restaurantes na Espanha.
Além de estar ética e legalmente comprometida, a granja recebeu substanciais subsídios da Política Agrária Comum da Europa, levantando questões sobre a supervisão e a responsabilidade governamental. ARDE apresentou uma queixa formal à polícia, exigindo a responsabilização pelos atos de maltrato e abandono animal. Este caso se insere em um padrão maior de crueldade na indústria agropecuária, onde o bem-estar animal é frequentemente negligenciado em prol do lucro, evidenciando a necessidade urgente de reformar práticas agrícolas e garantir a transparência na cadeia de produção alimentar.


