A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) estão implementando uma série de ações coordenadas para fortalecer a vigilância e melhorar o tratamento de Mpox em toda a África. Esta iniciativa envolve a colaboração com comunidades locais e várias entidades parceiras, refletindo uma abordagem colaborativa para enfrentar a crise de saúde pública.
Desde que a OMS declarou a Mpox como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional há um ano, os países africanos têm intensificado ações para controlar a disseminação do vírus. Dados recentes indicam uma diminuição de 34,5% no número semanal de casos confirmados em comparação com as seis semanas anteriores. Até o momento, mais de 3 milhões de doses de vacinas foram disponibilizadas, com cerca de 951 mil doses já administradas.
Apesar dos desafios, como a escassez de vacinas e o estigma associado à doença, alguns países, como a Côte d’Ivoire, conseguiram controlar surtos, registrando 42 dias sem novos casos. Outros países, incluindo Angola e Gabão, também relatam períodos significativos sem novos casos confirmados.
O gestor do Programa de Resposta de Emergência da OMS na África, Otim Patrick Ramadan, enfatiza a importância da detecção precoce, vacinação direcionada e envolvimento comunitário. A OMS e o CDC África estão trabalhando em planos contínuos que incluem a expansão da vigilância e a distribuição de vacinas, essencial para garantir a sustentabilidade da resposta.
Em um contexto de múltiplas emergências de saúde no continente, líderes da OMS e do CDC África ressaltam a necessidade de uma colaboração mais eficaz, com um enfoque integrado e recursos otimizados. Com 13 dos 22 países com transmissão ativa já elaborando planos de vacinação, a esperança é que os esforços conjuntos atinjam um impacto significativo no controle do Mpox na região.
Origem: Nações Unidas