Altos funcionários de direitos humanos da ONU manifestaram preocupação com as sanções impostas pelos Estados Unidos à jurista italiana Francesca Albanese, nomeada relatora independente para os Territórios Palestinos Ocupados. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, classificou as sanções como um “precedente perigoso”. Anunciadas na quarta-feira pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, as sanções surgiram por meio de uma Ordem Executiva Presidencial, que alega que Albanese teria colaborado com o Tribunal Penal Internacional (TPI) sem o consentimento dos EUA ou de Israel.
Os altos funcionários da ONU pediram a reversão da decisão, ressaltando que tal medida pode comprometer o sistema internacional de direitos humanos. Na declaração oficial, Rubio afirmou que as ações de Albanese constituem uma “grave violação” da soberania nacional. Volker Turk, alto comissário para os Direitos Humanos, também se posicionou contra as sanções, sugerindo que os Estados membros deveriam buscar soluções construtivas em vez de aplicar medidas punitivas.
O presidente do Conselho de Direitos Humanos, Jürg Lauber, condenou a ação e ressaltou a importância dos relatores especiais, que atuam sem remuneração financeira e em capacidade pessoal, acreditando ser essencial que todos os países colaborem com esses especialistas. Albanese e outros relatores são fundamentais para monitorar e relatar questões de direitos humanos, servindo como instrumentos essenciais para a promoção e proteção dos direitos fundamentais em todo o mundo.
Origem: Nações Unidas