A ONU Mulheres revelou dados alarmantes sobre a situação das jovens afegãs, destacando que 78% delas não estão estudando, trabalhando ou recebendo treinamento. A publicação “Estado dos Direitos das Mulheres no Afeganistão” aponta que a mortalidade materna no país pode aumentar em mais de 50% até 2026, em um contexto já crítico.
A pesquisa revela que apenas 38% das jovens sentem que têm alguma influência nas decisões familiares, evidenciando a falta de autonomia e o impacto das restrições impostas pelo regime talibã. Quatro anos após a tomada de poder, a agência destaca que as diretrizes severas continuam a privar as mulheres de seus direitos e dignidade, sem que nenhuma medida tenha sido revertida até o momento.
A ONU Mulheres pede ação imediata para atender às necessidades urgentes das mulheres e meninas afegãs, bem como para apoiar a construção de um futuro com igualdade de direitos. As proibições incluem a exclusão de meninas da educação após os 13 anos e a restrição da participação feminina na vida pública e política. Muitas mulheres já enfrentam dificuldades para tomar decisões dentro de suas próprias casas.
Com a redução da ajuda externa, o acesso a cuidados médicos também foi comprometido, contribuindo para o aumento de riscos à saúde. As taxas de mortalidade materna e casamento infantil estão crescendo, enquanto a violência contra as mulheres se intensifica de maneira preocupante.
Diante desses desafios, o Afeganistão enfrenta a segunda maior discrepância de gênero do mundo, além de crises humanitárias que exacerbam a pobreza e dificultam ainda mais a vida das mulheres e meninas. A situação demanda uma resposta global eficaz para reverter os danos e proteger os direitos humanos fundamentais.
Origem: Nações Unidas