Nesta quarta-feira, a comunidade internacional voltou suas atenções para a Guiné-Bissau após um anúncio alarmante de oficiais militares, que declararam ter tomado o “controle total” do país. O comunicado das forças armadas, que inclui a suspensão imediata de atividades da mídia, do processo eleitoral e das fronteiras nacionais, gerou preocupação entre os membros das Nações Unidas.
Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, enfatizou em uma coletiva de imprensa em Nova Iorque que o secretário-geral está acompanhando a situação com grande apreensão. Ele fez um apelo para que todas as partes envolvidas na Guiné-Bissau exerçam contenção e respeitem a lei, reafirmando o compromisso da ONU em monitorar de perto a evolução da crise.
As tensões aumentaram nas vésperas da divulgação de resultados das eleições presidenciais, nas quais os principais candidatos, o incumbente Sissoco Embaló e Fernando Dias da Costa, reivindicaram vitórias. Relatos de tiros ouvidos no centro da cidade e a ocupação militar de estradas principais sugerem um ambiente conturbado e incerto, três dias após a votação.
Segundo informações do Exército, a deposição de Embaló e a suspensão de instituições estatais ocorrerão “até segunda ordem”, enquanto a situação permanece confusa. Em declarações à imprensa regional, o presidente cessante alegou que foi preso por homens armados que invadiram seu gabinete no palácio presidencial, aumentando ainda mais a incerteza sobre o futuro político da nação.
Origem: Nações Unidas






