O enviado especial da ONU à Síria, Geir Pedersen, apresentou uma avaliação otimista da situação no país durante uma reunião com membros do Conselho de Segurança. Ele destacou como o recente alívio das sanções econômicas, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi recebido com celebrações em Damasco e em todo o território sírio.
Na terça-feira, a União Europeia seguiu a mesma linha e anunciou a suspensão das sanções, após uma década de conflitos devastadores que afetaram seriamente a economia do país. O Reino Unido já havia tomado essa decisão anteriormente, sinalizando um movimento conjunto em direção à normalização das relações com a Síria.
Pedersen elogiou a colaboração de países como Turquia, Arábia Saudita e Catar, que se comprometeram a ajudar a Síria a enfrentar suas obrigações com instituições financeiras internacionais, além de auxiliar no pagamento de salários e no fornecimento de energia. Ele considerou essas iniciativas como “acontecimentos históricos” que têm potencial para melhorar as condições de vida e apoiar a transição política.
Entretanto, o enviado especial também ressaltou a importância de ações concretas das autoridades interinas para revitalizar a economia. Um passo significativo será a criação de um Comitê para selecionar os integrantes de uma nova Assembleia Popular, que terá a tarefa de implementar reformas fundamentais em diversas áreas, incluindo política e justiça.
Pedersen reiterou a necessidade de inclusão, transparência e diversidade, enfatizando que a nova Assembleia deve refletir a pluralidade da sociedade síria. Ele mencionou, ainda, a recente criação de duas instituições cruciais: a Comissão Nacional para a Justiça Transicional e a Comissão Nacional para Pessoas Desaparecidas, que colaborarão com a ONU e a sociedade civil para enfrentar os desafios humanitários ainda presentes no país.
Origem: Nações Unidas