As Nações Unidas expressaram sua indignação diante do ataque brutal de gangues na comuna de Cabaret, no Haiti, que resultou em pelo menos 40 mortes, incluindo mulheres, crianças e idosos. O secretário-geral António Guterres, em nota oficial, manifestou solidariedade às vítimas e fez um apelo urgente para que as autoridades haitianas busquem justiça.
O ataque, que ocorreu na noite de sexta-feira, é parte de uma crescente onda de violência que tem assolado o país desde o ano passado, refletindo a grave insegurança e o controle que os grupos armados exercem sobre diversas áreas. O líder da ONU demonstrou preocupação com a escalada de violência no Haiti e pediu aos Estados-membros que aumentem o apoio à missão de Apoio Multinacional à Segurança, com o objetivo de fortalecer a Polícia Nacional Haitiana.
Guterres também ressaltou um cenário alarmante, mencionando que a “autoridade do Estado está se desintegrando” enquanto os grupos armados se consolidam em Porto Príncipe e regiões adjacentes, levando famílias ao deslocamento forçado e dificultando o cotidiano da população. Atualmente, aproximadamente 6 milhões de haitianos necessitam de assistência, e 1,3 milhão estão vivendo como deslocados internos. Para agravar a situação, apenas 10% dos recursos necessários no apelo anual de US$ 908 milhões foram arrecadados.
A ONU já havia endossado em outubro de 2023 a força internacional liderada pelo Quênia, com a missão de combater a criminalidade, restaurar a ordem e auxiliar na organização de eleições no país. Guterres enfatizou que o plano de ajuda tem sido “ignorado e subfinanciado”, resultando em cerca de 1,7 milhão de pessoas incapazes de receber a assistência adequada. Enquanto isso, a situação humanitária continua a se deteriorar, exigindo uma resposta urgente da comunidade internacional.
Origem: Nações Unidas