As Nações Unidas celebraram o anúncio de um cessar-fogo entre Irã e Israel, divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em suas redes sociais na madrugada desta terça-feira. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se manifestou pelo mesmo canal, instando ambas as nações a “respeitar integralmente o cessar-fogo”.
Guterres ressaltou a urgência de terminar as ofensivas militares, enfatizando que a população dos dois países já sofreu demasiadamente com o conflito. Ele expressou esperança de que o cessar-fogo se expanda para outras regiões do Oriente Médio, em meio a um histórico de tensões.
Antes da confirmação da trégua, relatos de ataques foram registrados, incluindo testemunhos de moradores de Teerã, a capital iraniana. Durante sua viagem à Europa, Trump afirmou a jornalistas que não aprova as viol ações do cessar-fogo e reiterou o pedido para que Israel e Irã mantenham a paz.
Paralelamente, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, pediu ao Irã que reestabeleça a cooperação sobre seu programa nuclear e ofereceu um encontro com o ministro das Relações Exteriores do país, buscando uma solução para as controvérsias em torno do tema.
Com a escalada do conflito, os números de vítimas se tornam alarmantes. Autoridades iranianas contabilizam 610 mortos, incluindo mulheres e crianças, desde o início dos ataques por parte de Israel em junho. O Escritório de Direitos Humanos da ONU recordou a necessidade de proteção dos civis em todas as circunstâncias.
Além disso, especialistas em direitos humanos expressaram preocupação com o uso de acusações indeterminadas de segurança nacional pelo Irã, que resultaram em uma significativa quantidade de execuções, incluindo registros de tortura e violações contra minorias e defensores de direitos humanos no país.
Origem: Nações Unidas