A economia de órbita baixa terrestre (LEO) entra em uma década decisiva
O setor de economia de órbita baixa terrestre (LEO) está se preparando para um período crucial, com a previsão de gastos de 15,3 bilhões de dólares em serviços LEO até 2030, conforme o relatório “Enterprise LEO Forecast 2025-30” da consultoria Omdia. Este estudo destaca que a banda larga empresarial será responsável por 94% da receita, enquanto o modelo direct-to-device (D2D) contribuirá com apenas 6%, frequentemente inclusa em ofertas premium.
O relatório sugere uma mudança significativa no papel do satélite, que deixa de ser um complemento para se tornar um serviço essencial nas carteiras dos operadores. As empresas demandam conectividade convergente em qualquer lugar, independentemente das tecnologias empregadas, exigindo que os provedores priorizem a experiência de serviço, segurança e soberania dos dados.
A Omdia classifica como “verticais soberanas” os setores com redes extensas e críticas, como segurança pública, transporte e energia, que operam com alta dependência de conectividade segura. A pesquisa enfatiza que a resolução da lacuna digital não será suficiente para justificar o crescimento do satélite; o foco deve estar nas empresas que operam em ambientes de alto risco onde as redes terrestres são insuficientes.
Distinctivamente, a previsão identificou que até 2030, a América do Norte, liderada pelos Estados Unidos, será o maior mercado de satélites, concentrando 37% das oportunidades. No entanto, a Ásia Oriental e o Sudeste Asiático estão se destacando rapidamente e devem aumentar sua participação de 9% para 33%.
Os operadores de telecomunicações enfrentam a realidade de que, sem uma integração eficaz do satélite, não poderão oferecer a experiência de serviço esperada por seus clientes, tornando-se um fator decisivo para o crescimento e a competitividade no mercado global. Os casos de uso identificados apontam para a necessidade de um investimento robusto em infraestrutura de satélite, garantindo segurança e continuidade operacional nas indústrias críticas.


