Neste 12 de maio, teve início a Oitava Semana das Nações Unidas sobre Segurança Global nas Estradas, um evento que destaca a grave situação das vítimas de acidentes de trânsito em todo o mundo. Anualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas perdem a vida nas estradas, sendo que mais de 25% dessas vítimas são pedestres ou ciclistas. A campanha reúne inúmeras organizações e governos globalmente, clamando por ações urgentes em defesa da proteção desses usuários vulneráveis.
A Aliança Global de ONGs para Segurança nas Estradas mobiliza mais de 400 entidades em 100 países, com foco na segurança de pedestres e ciclistas, um tema central da Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano. A OMS alertou que diariamente, 3,2 mil pessoas falecem em acidentes de trânsito, enquanto 80% das vias ao redor do planeta não possuem estruturas adequadas de proteção para pedestres, e apenas 0,2% delas dedicam espaços exclusivos para ciclistas.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, ressaltou que promover caminhadas e passeios de bicicleta não apenas torna as cidades mais habitáveis, mas também contribui para a diminuição de congestionamentos, redução de doenças e melhora na qualidade do ar. Porém, a OMS observa que menos de um terço dos países implementa políticas nacionais para incentivar esses modos de transporte.
Entre as recomendações do novo guia da OMS, destacam-se a integração dos pedestres e ciclistas nas políticas de transporte e saúde, a construção de infraestruturas seguras, a imposição de limites de velocidade compatíveis com normas globais e a promoção de campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância de um uso seguro das vias. O uso de incentivos financeiros para estimular a mobilidade ativa também figura entre as propostas apresentadas, visando transformar o cotidiano das cidades e garantir a segurança de todos.
Origem: Nações Unidas