A irrupção de robôs humanoides já não é uma possibilidade distante, mas uma realidade que interessa a empresas de fabricação, armazenamento e prestação de serviços. A pergunta central é: qual o custo da hora de trabalho de um robô humanoide? O futurista e consultor Dr. Pero Micic divulgou um estudo que apresenta um custo inicial em torno de 14 $/hora. Com os avanços tecnológicos e aumento da produção, esse valor pode cair para menos de 10 $/hora, podendo até atingir 5 $/hora a médio prazo.
Micic estruturou sua análise em três blocos principais: custo de produção por unidade, custos anuais de operação e resultado por hora. Ele considera que a vida útil dos robôs pode chegar a 8 anos com 6.600 horas de operação anual, equivalente ao trabalho de mais de três pessoas. O modelo comercial proposto, conhecido como Robot-as-a-Service (RaaS), sugere uma taxa de serviço por uso, facilitando a adoção das máquinas pelas empresas.
Com base nos dados apresentados, o custo total por hora dos robôs varia entre 10,86 e 13,81 $/hora, o que é significativamente mais barato do que o custo de um trabalhador humano qualificado, que gira em torno de 42,53 $/hora. Isso implica que, mesmo no cenário mais caro, a economia com o uso de robôs pode alcançar entre 189.539 e 209.039 $ por ano.
A vantagem dos robôs humanoides não está apenas em sua capacidade de realizar tarefas pesadas, mas sim em sua habilidade de operar em ambientes projetados para humanos, como escritórios e fábricas, o que diminui a necessidade de reformas complexas nas instalações. Os primeiros casos de uso com maior retorno sobre investimento (ROI) incluem logística interna e tarefas repetitivas em setores como varejo e hospitalidade.
Apesar dos desafios como horas não produtivas e a necessidade de uma infraestrutura adequada, Micic acredita que, mesmo com a produtividade inicial reduzida, o modelo de custo continuará favorável. Com a preparação adequada e a implementação de pilotos, o uso de robôs humanoides pode transformar rapidamente a dinâmica de trabalho nas empresas, passando de uma abordagem de “cobrir vagas” para o redesenho de processos completos em um futuro próximo.

