A Associação da Indústria de Semicondutores (SIA) revelou que as vendas globais de semicondutores alcançaram impressionantes 627,6 bilhões de dólares em 2024, marcando um aumento de 19,1% em relação aos 526,8 bilhões de dólares registrados em 2023. Este crescimento coloca 2024 como o ano de maiores receitas na história do setor, superando pela primeira vez a marca de 600 bilhões de dólares.
Os dados, coletados pela organização World Semiconductor Trade Statistics (WSTS), indicam ainda um aumento de 17,1% nas vendas do quarto trimestre de 2024, totalizando 170,9 bilhões de dólares em comparação ao mesmo período do ano anterior. Embora dezembro de 2024 tenha visto uma leve queda de 1,2% em relação a novembro, com vendas de 57 bilhões de dólares, o resultado anual permanece robusto.
No cenário regional, a América liderou o crescimento com um aumento de 44,8%, seguida pela China com 18,3% e a região Ásia-Pacífico/Outros com um crescimento de 12,5%. Já o Japão experimentou uma queda de 0,4%, enquanto a Europa enfrentou um recuo de 8,1%. Em dezembro, as vendas mensais subiram somente nas Américas, com um crescimento de 3,2%, e diminuíram em todas as outras regiões.
O presidente e CEO da SIA, John Neuffer, destacou as perspectivas otimistas para o futuro, afirmando que 2025 deverá registrar um crescimento de dois dígitos. Ele enfatizou a importância dos semicondutores em tecnologias modernas, como inteligência artificial, dispositivos médicos e comunicações, e afirmou que os Estados Unidos estão se preparando para triplicar sua capacidade de fabricação de chips até 2032.
Em 2024, os produtos de lógica lideraram as vendas, somando 212,6 bilhões de dólares, enquanto os produtos de memória cresceram 78,9%, alcançando 165,1 bilhões de dólares. Dentro deste segmento, as memórias DRAM tiveram um crescimento surpreendente de 82,6%.
Embora o setor tenha enfrentado variações mensais e regionais, o panorama de longo prazo para a indústria de semicondutores é extremamente positivo. A SIA, que representa 99% da indústria de semicondutores nos EUA e quase dois terços das não-americanas, continua a trabalhar com líderes políticos e empresariais para fomentar inovações e competitividade global.