No primeiro trimestre de 2025, a cibersegurança enfrenta um ponto crítico, conforme revela o recente relatório da WatchGuard Technologies. O estudo apresenta um crescimento alarmante de 171% nas detecções únicas de malware em redes, em comparação ao trimestre anterior. No entanto, o mais preocupante é a sofisticação crescente das ameaças, com 71% dos ataques conseguidos escapando aos sistemas de detecção tradicionais, utilizando técnicas de ofuscação, criptografia e geração assistida por inteligência artificial.
Os dados mostram que os atacantes estão abandonando os métodos clássicos, adotando táticas evasivas automatizadas que os sistemas convencionais não conseguem acompanhar. Essa mudança na estratégia lembra a invasão de espécies agressivas em um ecossistema natural, destacando a necessidade de uma adaptação constante por parte dos profissionais de TI e segurança cibernética.
Os principais achados do relatório incluem um aumento de 323% em malware “zero-day” detectado por IA e uma explosão de 712% em novas variantes de malware nos endpoints. Apesar de uma queda no volume total de malware, as novas mutações demonstram um claro deslocamento em direção à automação da ameaça.
O ransomware, embora tenha diminuído em volume, está se transformando: atualmente, o foco está no roubo de dados, ameaçando filtrar informações em vez de cifrá-las. Isso indica uma mudança no modelo de ataque e exige que as organizações aprimorem sua segurança, especialmente em relação a conexões TLS, que continua sendo um canal preferido para a entrega de malware.
Diante dessa realidade, a WatchGuard sugere três abordagens estratégicas para mitigar os riscos: aumentar a visibilidade do tráfego cifrado, implementar IA defensiva e promover a conscientização contínua entre os funcionários sobre as ameaças cada vez mais sofisticadas. A conclusão é clara: 2025 está se tornando o ano da evasão e da automação, impulsionadas pela inteligência artificial, e as equipes de cibersegurança precisam se adaptar rapidamente para resistir a essas novas ameaças.