O ciberacoso é uma preocupação crescente na era digital, especialmente entre os jovens que navegam em um ambiente virtual repleto de novas formas de assédio. Um estudo recente identificou 17 práticas que compõem o panorama atual do assédio digital, ressaltando a necessidade de vigilância constante por parte de pais e educadores.
Entre os métodos mais alarmantes está o “catfishing”, onde agressores criam perfis falsos para enganar e manipular emocionalmente suas vítimas. Essa técnica é muitas vezes acompanhada do “trickery”, uma estratégia que envolve a construção de relações de confiança para, posteriormente, traí-las e expor informações pessoais.
O “grooming” também merece destaque, caracterizando-se pela manipulação psicológica a que os menores são submetidos com fins de exploração sexual. Essa tática é frequentemente meticulosa e prolongada, dificultando sua detecção precoce.
Outras formas de ciberacoso incluem modalidades tecnológicas como “scareware” e “baiting”, que utilizam mensagens enganosas para induzir ações que comprometem a segurança digital do usuário. Essas práticas exploram a confiança e a curiosidade naturais dos jovens no ambiente digital.
Substancialmente prejudiciais são o “doxing” e o “sexting” não consensual, que expõem dados pessoais ou conteúdos íntimos sem a autorização das vítimas, causando danos emocionais profundos e afetando sua privacidade e bem-estar psicológico.
O panorama do ciberacoso inclui ainda o “cyberstalking”, que envolve um seguimento digital contínuo, gerando ansiedade e medo em suas vítimas, além da exclusão intencional em plataformas digitais, que fomenta um prejudicial isolamento social.
Para facilitar a compreensão dessas ameaças, uma tabela resume as modalidades de ciberacoso identificadas, detalhando suas descrições e métodos:
| Modalidade | Descrição |
|————————-|——————————————————————|
| Suplantação de identidade| Criação de perfis falsos para difamar ou enganar. |
| Trickery (enganos) | Abusar da confiança para revelar segredos. |
| Baiting | Uso de iscas atraentes para comprometer a segurança. |
| Pretexting | Histórias falsas para obter informação privada. |
| Scareware | Mensagens falsas para alertar e levar a downloads de malware. |
| Outing | Divulgação de informações pessoais sem consentimento. |
| Fraping | Acesso não autorizado a redes sociais para publicar conteúdo inadequado.|
| Catfishing | Perfis falsos para estabelecer relações fraudulentas. |
| Harassment (assédio) | Envio de mensagens repetitivas, ameaçadoras ou insultantes. |
| Cyberstalking | Seguimento constante e aceitação online. |
| Trolling | Comentários provocativos para causar discórdia. |
| Flaming ou Roasting | Mensagens ofensivas para humilhar publicamente. |
| Exclusão social | Exclusão deliberada em atividades ou grupos online. |
| Doxing | Publicação de dados pessoais para colocar a vítima em risco. |
| Sexting não consensual | Difusão de imagens íntimas sem autorização. |
| Grooming | Manipulação emocional de menores com fins de exploração. |
| Masquerading | Uso de personagens fictícios para assediar, ocultando a identidade real.|
A prevenção do ciberacoso exige um esforço coletivo entre pais, educadores e autoridades, a fim de estabelecer ações eficazes e conscientizar sobre essas ameaças. A educação em competências digitais e a promoção de ambientes de comunicação seguros são essenciais para proteger os jovens na atual era digital.