NVIDIA surpreendeu novamente o mercado financeiro ao divulgar resultados que solidificam sua posição como o principal motor da Inteligência Artificial global. Em seu segundo trimestre fiscal de 2026, encerrado em 27 de julho de 2025, a empresa liderada por Jensen Huang reportou receitas de 46,743 bilhões de dólares, representando um crescimento de 6% em relação ao trimestre anterior e 56% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O desempenho foi amplamente impulsionado pelo setor de data centers, que adotou a nova arquitetura Blackwell, já considerada o padrão de excelência para computação de IA em larga escala. Os números revelam um momento positivo para a empresa, com receitas totais e de data centers alcançando 46,743 bilhões e 41,100 bilhões de dólares, respectivamente.
O lucro líquido, segundo a contabilidade GAAP, foi de 26,422 bilhões de dólares, um aumento de 41% em relação ao trimestre anterior e 59% em termos anuais. O lucro por ação seguiu a mesma tendência, subindo para 1,08 dólares, com um margem bruta de 72,4%. Esse último índice se beneficiou da liberação de 180 milhões de dólares em inventário de GPUs H20, que enfrentam restrições de venda na China.
A arquitetura Blackwell é vista como a “plataforma de IA que o mundo estava esperando”, como afirmou Huang, com a demanda superando expectativas e a produção do modelo Blackwell Ultra avançando aceleradamente. A empresa firmou parcerias significativas com gigantes como Disney, Foxconn, Hitachi e TSMC, além de estar envolvida em projetos na Europa e Japão para o desenvolvimento de supercomputadores e nuvens de IA soberanas.
Outras divisões da NVIDIA também apresentaram crescimento, destacando-se o setor de gaming, que arrecadou 4,300 bilhões de dólares, impulsionado por uma nova geração de GPUs, e a visualização profissional, que obteve receitas de 601 milhões de dólares. A segmentação de automóveis e robótica também cresceu, atingindo 586 milhões de dólares, refletindo a adoção da plataforma DRIVE AV e dos módulos Jetson AGX Thor.
Em termos de política de capital, a NVIDIA retornou 24,300 bilhões de dólares aos acionistas por meio de recompras e dividendos, mantendo um dividendo trimestral de 0,01 dólar por ação a ser pago em outubro. Para o terceiro trimestre, a companhia projeta receitas de 54 bilhões de dólares, destacando uma expectativa de atingir 100 bilhões em ingresso em um período de apenas seis meses, um marco inédito na indústria de semicondutores.
Entretanto, um aspecto relevante foi a ausência de vendas de GPUs H20 para clientes chineses, em cumprimento às restrições dos Estados Unidos. Apesar disso, NVIDIA conseguiu redistribuir seu inventário em outros mercados. A empresa ainda enfrenta desafios devido à incerteza regulatória e à crescente competição, especialmente da China e de concorrentes como AMD e Google.
Em suma, a NVIDIA se afiança como a empresa mais estratégica na era da Inteligência Artificial. Com margens superiores a 70%, um crescimento expressivo e planos de expansão global, a companhia demonstra seu papel vital como fornecedora para governos, pesquisadores e grandes corporações. Contudo, o desafio será manter esse crescimento à medida que enfrenta limitações e uma concorrência crescente.