A corrida pela memória de alto desempenho (HBM4) esquenta, com a Nvidia pressionando seus fornecedores para ultrapassar o padrão oficial estabelecido pela JEDEC. De acordo com um relatório da TrendForce, a gigante dos gráficos e inteligência artificial exige módulos de memória que atinjam 10 Gbps por pino, superando os 8 Gbps definidos como padrão. Essa estratégia visa potencializar sua plataforma Vera Rubin, programada para 2026, e conter a concorrência da nova arquitetura MI450 Helios da AMD.
Um desafio técnico e uma oportunidade de liderança
A HBM4, com uma interface de 2.048 bits e uma velocidade oficial de 8 Gbps, oferece um impressionante desempenho de quase 2 TB/s por módulo. No entanto, a Nvidia acredita que isso pode não ser suficiente para suas necessidades de processamento em larga escala. Aumentar a velocidade para 10 Gbps poderia elevar o desempenho por módulo para 2,56 TB/s, permitindo que cada GPU ultrapasse os 15 TB/s no total.
Embora essa meta apresente riscos, como aumento de consumo de energia e complexidade na produção, a Nvidia planeja introduzir diferentes versões de seus produtos Rubin, segmentando entre velocidades de 8 Gbps e 10 Gbps, para aliviar os custos.
Rivais e inovações no mercado de memória
Provedores de memória como Samsung, SK hynix e Micron ocupam um papel central nesta corrida. A Samsung se destaca, migrando para tecnologia de 4 nm FinFET, o que resulta em frequências mais altas e menor consumo. A Micron, por sua vez, já possui amostras de HBM4 que superam os 2 TB/s, embora não tenha confirmado se está desenvolvendo a velocidade de 10 Gbps que a Nvidia busca.
AMD prepara resposta robusta
Enquanto isso, a AMD se prepara para lançar a série MI450 Helios com suporte para 432 GB de HBM4 por GPU, possivelmente conferindo-lhe uma vantagem em capacidade. A nova arquitetura CDNA 4 pode oferecer melhorias significativas em eficiência e desempenho em tarefas de inteligência artificial, buscando equilibrar a competição com a Nvidia.
Implicações globais da disputa tecnológica
Além da rivalidade, a evolução da HBM4 levanta questões geopolíticas, uma vez que a memória de alto desempenho é crucial para áreas como inteligência artificial e big data. A competição concentrada entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Taiwan reflete a importância estratégica dessa tecnologia em um cenário global marcado por tensões políticas.
O resultado desta batalha por memória HBM4 possui profundas implicações na direção do futuro da inteligência artificial e do hardware, onde soluções rápidas e eficientes serão fundamentais para atender a demandas crescentes de processamento.



