Em 2024, as reclamações contra prestadores de serviços de comunicação em Portugal apresentaram uma redução de 3% em comparação ao ano anterior, totalizando cerca de 104,1 mil queixas. As comunicações eletrônicas continuam a ser a principal área de descontentamento, com 62,3 mil reclamações, embora esse número tenha diminuído 11%. Em contrapartida, os serviços postais tiveram um aumento significativo, com 41,8 mil queixas, representando um crescimento de 12%.
O livro de reclamações eletrônico permanece como o meio preferido dos consumidores, embora tenha registrado uma queda de 11%, com 57% das reclamações sendo feitas por esse canal. O livro físico, por sua vez, viu sua utilização aumentar em 14%, alcançando 40% das queixas.
Setúbal revelou ser o distrito com a maior taxa de reclamação nos serviços de comunicação eletrônica, enquanto Faro se destacou nos serviços postais. Em termos absolutos, a NOS liderou as reclamações no segmento de comunicações, com 37% do total, seguindo-se a Vodafone e MEO.
As queixas relacionadas à faturação e à contratação de serviços foram os assuntos que mais geraram descontentamento, com a Vodafone sendo responsável por 38% das reclamações sobre valores faturados. Notável também foi a entrada da DIGI no mercado, que contribuiu com 0,9% das queixas no setor, principalmente devido a demoras na portabilidade de número.
Embora as reclamações sobre serviços postais tenham aumentado, 81% foram atribuídas aos CTT, que registraram um crescimento de 10%. O motivo mais comum para as queixas postais continua a ser a falta de tentativas de entrega em domicílio, que corresponde a 21% do total de reclamações no setor.
Origem: Portal Consumidor Anacom