Na terça-feira, Annalena Baerbock tomou posse como a nova presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, tornando-se apenas a quinta mulher a ocupar esse cargo em 80 anos. O evento histórico ocorreu à luz do 80º aniversário da assinatura da Carta das Nações Unidas em São Francisco, momento em que Baerbock fez seu juramento.
Em sua primeira declaração à imprensa, a ex-ministra das Relações Exteriores da Alemanha enfatizou que o atual cenário global é sem precedentes, com crises que vão desde Gaza até a Ucrânia, passando pelo Sudão e Haiti. A nova presidente destacou que a comunidade internacional frequentemente falha em cumprir promessas de paz e segurança, direitos humanos, justiça e sustentabilidade, alertando que o mundo se encontra em uma encruzilhada crítica.
Baerbock ressaltou a pressão financeira e política enfrentada pela ONU, reiterando que a sessão dos 80 anos não é uma ocasião comum. Ela enfatizou a importância de manter as Nações Unidas vivas e relevantes para enfrentar os desafios do Século 21, com um foco especial nos direitos humanos durante a agenda da Semana de Alto Nível, que começará em 23 de setembro em Nova Iorque.
“Em 1945, o mundo estava dividido, assim como agora. Temos que mostrar às 8 bilhões de pessoas porque a ONU é essencial”, declarou Baerbock. Suas reflexões ocorreram após a última reunião da 79ª sessão da Assembleia Geral, onde o secretário-geral António Guterres e o presidente cessante Philémon Yang fizeram suas considerações finais. A nova presidente se mostrou otimista quanto ao papel transformador da ONU em tempos de crise.
Origem: Nações Unidas