No primeiro trimestre de 2025, o panorama dos serviços de telefonia fixa em Portugal apresenta uma evolução interessante, marcada por uma leve diminuição na penetração dos acessos principais e um crescimento modesto no número de clientes. De acordo com os dados divulgados, a taxa de penetração dos acessos telefônicos principais alcançou 51,7 acessos por 100 habitantes, enquanto a penetração dos acessos a pedido de clientes residenciais subiu para 90,4 por 100 agregados domésticos.
O número de clientes do serviço telefônico fixo na modalidade de acesso direto chegou a cerca de 4,5 milhões, um aumento de apenas 0,1% em comparação ao mesmo período de 2024, revelando o menor crescimento desde 2008. Em contrapartida, o total de acessos telefônicos principais foi de 5,5 milhões, apresentando uma diminuição de 3,4 mil acessos, a primeira queda desde 2014.
Os dados também indicam que os acessos suportados por redes de nova geração, como FTTH e redes de TV a cabo, representam 94,2% do total dos acessos telefônicos, mostrando um crescimento no uso dessas tecnologias. Por outro lado, os acessos analógicos caíram drasticamente, representando apenas 3,1% do total.
Além disso, o número de postos públicos instalados caiu 31,9%, com um tráfego em minutos originado desses postos diminuindo 23,5%. Essa tendência é atribuída à popularização das comunicações por telefone móvel e Internet.
Em termos de portabilidade, existiam cerca de 1,9 milhões de números geográficos portados até o final do trimestre. O tráfego originado na rede fixa também registrou uma queda de 10,6%, impulsionada principalmente pela redução do tráfego fixo-fixo e fixo-móvel.
A média de consumo mensal por acesso caiu 10,7%, totalizando 35 minutos, enquanto as quotas de operadores variaram, com a MEO liderando com 41,9% dos clientes. As atuais tendências refletem uma transição significativa no uso da telefonia fixa, mostrando a necessidade de adaptação das empresas às novas realidades do mercado.
Origem: Portal Consumidor Anacom