As Nações Unidas deram início, oficialmente, ao processo de eleição do próximo secretário-geral ou, pela primeira vez em 80 anos, da primeira secretária-geral da organização. O atual secretário-geral, António Guterres, deixará o cargo em 31 de dezembro de 2026, e as recomendações para o processo de eleição indicam que o Conselho de Segurança deve escolher um candidato até julho do próximo ano.
Uma carta conjunta da presidente da Assembleia Geral e do presidente do Conselho de Segurança enfatiza a necessidade de os Estados-membros indicarem candidatas femininas, destacando que nenhuma mulher ocupou o cargo até o momento. Através dessa correspondência, os Estados são instados a considerar seriamente a seleção de mulheres para posições de alta decisão, reforçando a importância da igualdade de oportunidades.
Além disso, o documento ressalta a relevância da diversidade regional na escolha dos secretários-gerais, mencionando que, na história da ONU, a maioria dos líderes veio da Europa, com representações limitadas de outras regiões do mundo.
A escolha do próximo líder da ONU acontece em um contexto crítico, conforme declarou a presidente da Assembleia Geral, Annalena Baerbock. Ela apontou os crescentes conflitos, a urgência da crise climática, necessidades humanitárias em aumento, e a pressão sobre os direitos humanos como fatores que destacam a importância desta eleição. Baerbock enfatizou que o sistema multilateral enfrenta desafios financeiros e políticos em um tempo em que o mundo mais precisa da ONU.
Entre os pré-candidatos já anunciados estão a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, a ex-vice-presidente da Costa Rica, Rebeca Grynspan, e o diplomata argentino Rafael Grossi. Bachelet já teve uma função relevante como diretora-executiva da ONU Mulheres, enquanto Grynspan e Grossi atualmente ocupam importantes cargos dentro do sistema da ONU. A eleição está prevista para ocorrer em 1º de janeiro de 2027, marcando um novo capítulo na história da organização.
Origem: Nações Unidas






