Muon Space e Starlink: Uma Nova Era na Conectividade Satelital
A Muon Space anunciou que integrará mini terminais a laser da Starlink em sua plataforma satelital Halo™, transformando seus satélites em nós de rede em tempo real na malha óptica global da SpaceX. A proposta é oferecer enlaces ópticos de até 25 Gb/s a distâncias de até 4.000 km, com latência de milissegundos e conectividade contínua para operações em tempo real.
Pascal Stang, CTO da Muon Space, enfatizou que a nova integração fará com que os satélites Halo não sejam mais veículos isolados, mas sim, componentes ativos da rede global da Starlink. “Isso transforma o design das missões e acelera o fluxo de informações para os decisores na Terra”, declarou Stang.
A mudança prometida redefine a comunicação via satélite, passando de persianas temporárias em estações em terra para uma presença contínua, possibilitando a transferência de dados de maneira acelerada e eficiente. Cada mini terminal é capaz de suportar 25 Gb/s bidirecionais, permitindo também que os satélites funcionem como extensões de centros de dados, com processamento em borda e transmissão contínua para a nuvem.
Um dos usos mais imediatos será na constelação FireSat, da Earth Fire Alliance, que se beneficiará com a detecção e monitoramento de incêndios. A latência na entrega de dados, que atualmente é de cerca de 20 minutos, poderá reduzir-se para quase em tempo real, permitindo que equipes de resposta ajam de forma mais efusiva em situações emergenciais.
A Muon Space já está em processo de integração com constelações de clientes, com o lançamento do primeiro satélite Halo com tecnologia Starlink previsto para o primeiro trimestre de 2027. Essa iniciativa marca uma transição significativa nas operações em Low Earth Orbit (LEO), onde modelos baseados em janela de passagem serão substituídos por plataformas nativas de rede, sempre conectadas e com latência comparável à da internet convencional.
A nova era de conectividade geoespacial está a caminho, prometendo revolucionar a forma como entendemos e utilizamos a comunicação orbital. Com isso, operações mais ágeis e insights em velocidade de nuvem tornam-se uma realidade.






