A Assembleia Geral da ONU promoveu um evento em celebração do Dia Internacional da Mulher, que será comemorado em 8 de março, com o intuito de relembrar a importância da luta pela igualdade de gênero. Durante a cerimônia, o secretário-geral António Guterres destacou a necessidade de uma mobilização “resiliente, unida e inabalável” para garantir direitos, desenvolvimento e paz para todas as mulheres ao redor do mundo.
Guterres enfatizou que, apesar das conquistas significativas desde a Declaração de Pequim, os direitos das mulheres estão sob crescente ameaça, com 612 milhões de mulheres e meninas vivendo em áreas afetadas por conflitos, onde suas necessidades são frequentemente ignoradas. Ele ressaltou que a participação feminina no mercado de trabalho é alarmantemente baixa, com menos de dois terços das mulheres empregadas globalmente, e aquelas que estão no mercado ganhando muito menos do que os homens.
O líder da ONU anunciou um compromisso com um plano de ação que estabelece prioridades claras, incluindo a defesa dos direitos das mulheres nas decisões tomadas pela organização, a luta contra retrocessos relacionados aos direitos, e a proteção das mulheres que atuam como defensoras dos direitos humanos. Philémon Yang, presidente da Assembleia Geral, acrescentou que é preciso que os Estados-membros honrem seus compromissos para alcançar a igualdade de gênero de forma efetiva.
Entre os destaques do evento, a bailarina brasileira Ingrid Silva compartilhou sua história de desafio e superação, defendendo que a diversidade deve ser uma prioridade em todos os setores, inclusive nas artes. Para ela, o avanço das mulheres requer ação conjunta e um reconhecimento da diversidade existente.
A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, também participou, ressaltando que a equidade de gênero nunca foi tão urgente e que o movimento das mulheres é poderoso e imbatível, clamando por um futuro onde as vozes femininas sejam partes essenciais dos processos de decisão. O evento ainda incluiu relatos de ativistas de diversas partes do mundo, como Roya Mahboob, Grace Yongsanguanchai, Jaha Dukureh e Aly Raisman, todos contribuindo para o fortalecimento da luta pela igualdade de gênero.
Origem: Nações Unidas