Moore Threads Lança SoC Yangtze para Revolucionar o Mercado de “AI PCs” na China
Na mais recente inovação no setor de tecnologia, a empresa chinesa Moore Threads, tradicionalmente conhecida por sua atuação em GPUs e no ecossistema MUSA, apresentou seu novo System-on-Chip (SoC) chamado Yangtze. Este chip é voltado para laptops e mini PCs, prometendo oferecer uma solução completa para as demandas modernas de trabalho, integrando CPU, GPU, NPU e um bloco multimídia habilitado para vídeos de alta resolução.
De acordo com as informações divulgadas, o Yangtze vem equipado com uma CPU de 8 núcleos, alcançando uma frequência máxima de 2,65 GHz. O recurso mais destacado, entretanto, é sua NPU capaz de processar até 50 TOPS em operações INT8, destinada a acelerar tarefas como reconhecimento de voz e imagem, além das funções de inteligência artificial executadas localmente.
O Yangtze foi projetado como uma solução integrada, fundamental para o mercado de laptops e mini PCs, onde a sinergia entre desempenho, consumo e custo é crucial. Nesse sentido, a Moore Threads enfatizou três componentes principais: uma NPU multinúcleo de 50 TOPS, uma GPU integrada (iGPU) para renderização 3D e aceleração de modelos de linguagem, e um motor multimídia com suporte para vídeos em 8K a 30 FPS e 4K a 60 FPS, compatível com os codecs H.265, H.264 e AV1.
Adicionalmente, o Yangtze inclui blocos típicos de SoCs modernos, como um DPU para cenários de múltiplas telas, um DSP que oferece funções de redução de ruído e um ISP que suporta câmeras de até 32 MP com HDR.
Moore Threads não se limitou à apresentação do chip, mas também lançou plataformas para usuários e integradores no mercado doméstico chinês, como o laptop MTT AIBook e o mini PC MTT AICube. Ambos os dispositivos prometem configurações de memória robustas, variando entre 32 GB e 64 GB de LPDDR5X, com um excelente desempenho de largura de banda superior a 100 GB/s.
A intenção da Moore Threads é clara: dominar um pedaço do mercado de “AI PCs” na China, reduzindo a dependência de soluções estrangeiras nesse segmento que se aproxima de se tornar um padrão da indústria. Embora a companhia não tenha revelado detalhes da arquitetura interna, posiciona o Yangtze como uma alternativa competitiva, focando na eficiência e no baixo consumo.
Neste novo cenário, a definição de “AI PC” se transforma em uma etiqueta comercial que implica requisitos técnicos específicos, como NPU, vídeo, memória e software, forçando os fabricantes a se adaptarem. A estratégia da Moore Threads com o Yangtze é claro: criar um SoC “tudo em um” para dispositivos de consumo com aceleração de IA integrada, visando um desempenho ideal no dia a dia.
As perguntas sobre o desempenho da NPU, a utilidade de um SoC “AI PC” em laptops e mini PCs, e a importância da memória para a operação da IA local são cada vez mais frequentes, destacando a transformação que essa nova tecnologia está provocando no mercado. O desafio agora reside na implementacão eficaz e na aceitação por parte dos consumidores.






