Os ministros de pesca da União Europeia chegaram a um acordo hoje sobre as oportunidades de pesca para 2026 no Atlântico, Mar do Norte, Mediterrâneo e Mar Negro. A Comissão Europeia, no entanto, não pôde apoiar o compromisso alcançado para o Mediterrâneo, considerando que não estava alinhado com o plano de gestão plurianual para a região, especialmente no que diz respeito ao estabelecimento do esforço de pesca.
No Atlântico Norte, o Conselho político encontrou consenso sobre 24 oportunidades de pesca para 2026, com algumas extensões até 2027 e 2028. Um impressionante 81% dessas oportunidades foram definidas em níveis sustentáveis, em conformidade com o aconselhamento de rendimento máximo sustentável (RMS). O acordo estabeleceu 9 limites de captura totais (TACs) para dois anos ou mais, atendendo ao pedido dos pescadores por maior previsibilidade.
As oportunidades de pesca também receberam aumentos significativos, como um acréscimo de 60% para a anchova nas águas ibéricas e de 23% para o lagostim na costa cantábrica. Contudo, para proteger espécies como a pescada e o linguado, o Conselho decidiu limitar o aumento permitido para outras espécies, conservando a sustentabilidade das populações de peixes, especialmente em áreas onde algumas estão saudáveis, mas outras estão em declínio.
O acordo inclui ainda reduções substanciais para as TACs de estoques em dificuldades, como um corte de 27% para o peixe-gato na Baía de Biscay e de até 44% para o linguado nas águas do Kattegat-Skagerrak, o que é vital para a recuperação das pescas da UE e a estabilização das receitas para os negócios pesqueiros.
Além disso, a UE já havia garantido as oportunidades de pesca para a maior parte das TACs compartilhadas com países terceiros no Atlântico Nordeste, culminando em acordos bilaterais com o Reino Unido e trilaterais com a Noruega e o Reino Unido, que abrangem mais de 100 TACs.
No entanto, para a espécie de cavala, não houve um TAC estabelecido, apesar das tentativas da UE de estabelecer consultas significativas. Durante a reunião, vários Estados-Membros expressaram sua preocupação quanto ao estado do estoque e chamaram a Comissão para aplicar urgentemente regulamentações visando a defesa dos direitos legitimados da UE e a proteção dos estoques pelágicos.
Origem: Oceanos e pescas Europa





