A inteligência artificial (IA) de animação de imagens entra na corrida global pelo domínio do vídeo gerado por IA, competindo com nomes como Sora, Veo, Kling, Runway e Pika. A empresa Midjourney, conhecida por suas imagens fotorrealistas, anunciou o lançamento de seu primeiro modelo de vídeo, o V1. Com essa nova ferramenta, qualquer usuário pode animar imagens estáticas de forma simples, criando clipes de até 20 segundos sem a necessidade de conhecimento técnico avançado.
O processo é direto: os usuários partem de uma imagem, seja criada na plataforma ou carregada de seu computador, e com apenas um clique no botão “Animate”, o sistema gera até quatro versões animadas, com duração de cinco segundos cada, que podem ser estendidas em blocos de quatro segundos.
Além de sua interface acessível, o V1 marca o início de um projeto mais ambicioso da Midjourney, que visa criar uma plataforma generativa unificada, integrando vídeo, imagens, modelos 3D e simulação em tempo real. A promessa é que, no futuro, será possível criar “mundos abertos” interativos a partir do zero.
Em um contexto de grande concorrência, o V1 se destaca por oferecer rapidez e controle visual, sendo uma excelente opção para artistas e criadores de conteúdo que já estão familiarizados com imagens. Com um preço acessível e disponível diretamente da web, a nova ferramenta tem como objetivo democratizar a animação, permitindo que até mesmo aqueles sem experiência prévia possam explorar suas capacidades criativas.
No entanto, o lançamento do V1 ocorre em uma época delicada para a Midjourney, pois a empresa enfrenta processos judiciais de gigantes como Disney e Universal, que alegam violação de direitos autorais ao treinar seus modelos com imagens protegidas. O futuro da geração de vídeo pela IA, portanto, pode depender não apenas da inovação tecnológica, mas também da forma como as questões legais serão resolvidas.
A visão da Midjourney é clara: construir uma plataforma onde a criação de conteúdos visuais se torne uma atividade acessível e colaborativa, preparando o caminho para um futuro em que usuários possam não apenas gerar imagens, mas universos inteiros repletos de interatividade e movimento.