Meta, em busca de superinteligência, forma equipe de elite em IA
Meta está silenciosamente construindo um dos grupos mais poderosos do mundo em inteligência artificial geral (AGI). De acordo com informações divulgadas pelo tecnólogo Deedy Das na rede social X, a equipe, conhecida como Meta Superintelligence Labs, já conta com 44 integrantes, o que suscita tanto admiração quanto questionamentos.
Perfil técnico da equipe: pesquisadores de elite e contratações impactantes
Dados vazados revelam que:
- 50% dos membros têm origem chinesa
- 75% possuem doutorado (PhD)
- 70% se dedicam à pesquisa
- 40% são ex-trabalhadores da OpenAI
- 20% vêm da DeepMind (Google)
- 15% são oriundos da Scale AI
- 20% estão classificados em níveis L8+ (equivalentes a engenheiros de staff e superiores)
- 75% são imigrantes de primeira geração
Esses números indicam que o grupo foi formado em um tempo recorde, e a maioria dos integrantes não está na Meta há nem um mês. Segundo Das, os salários estão entre 10 e 100 milhões de dólares anuais, uma reivindicação que ainda não foi confirmada, mas que se alinha à estratégia agressiva de contratações da Meta no último ano.
Entre os casos mais notáveis está o do ex-chefe de modelos fundacionais da Apple, que teria recebido 200 milhões de dólares como bônus de contratação, além de vários ex-membros da OpenAI que afirmam não ter recebido os valores prometidos.
Meta reorienta investimentos após frustração com o metaverso
Após investir mais de 46 bilhões de dólares no desenvolvimento do metaverso, sem alcançar uma adoção significativa, a Meta redirecionou seus recursos para modelos fundacionais e superinteligência artificial. Esta mudança evidencia a nova prioridade da companhia: se posicionar à frente no desenvolvimento de AGI frente a concorrentes como OpenAI, Anthropic e Google DeepMind.
O objetivo do Superintelligence Labs é desenvolver modelos de IA de próxima geração capazes de raciocinar, planejar e resolver tarefas complexas com altos níveis de autonomia, consolidando a equipe como um dos centros de pesquisa mais avançados do mundo em AGI.
Riscos e tensões geopolíticas: a origem do talento em foco
Um dos dados mais controversos é a alta representação de talentos chineses (50%) em um grupo que trabalha com tecnologias estratégicas. Com a possibilidade de uma nova administração Trump na Casa Branca, já se especula sobre investigações relacionadas a riscos de segurança nacional e vazamentos tecnológicos.
Embora não haja provas de irregularidades, a composição do grupo e sua diversidade de origem podem gerar tensões regulatórias e pressão política, especialmente em um momento de crescente conflito tecnológico entre os Estados Unidos e a China.
O que isso significa para o futuro da IA?
Mais do que os números, a formação de uma equipe deste porte confirma que a corrida pela superinteligência está acelerando. A Meta, que parecia estar em desvantagem após o surto de popularidade do ChatGPT, está fazendo movimentos estratégicos claros: criar uma estrutura interna capaz de rivalizar — ou até superar — a OpenAI.
A aposta é ousada, mas também arriscada. O sucesso não dependerá apenas do talento reunido, mas também da habilidade da Meta em gerir a governança, a ética, a privacidade e a regulamentação internacional relacionadas aos seus desenvolvimentos.
Conclusão
A Meta está jogando alto. E desta vez, não em mundos virtuais, mas em um dos terrenos mais decisivos da tecnologia moderna: a inteligência artificial geral. A equipe do Superintelligence Labs pode se tornar o núcleo dos sistemas de IA mais poderosos do planeta, ou o epicentro de futuros debates sobre soberania tecnológica, preconceitos algorítmicos e segurança global.