O fenômeno climático La Niña pode se manifestar com 55% de probabilidade a partir deste mês de setembro, conforme informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A previsão aponta para uma queda nas temperaturas da superfície do mar no Pacífico equatorial, embora a OMM ressalte que, apesar desse resfriamento temporário, as temperaturas globais ainda devem permanecer acima da média em diversas regiões.
Ainda segundo a entidade, entre outubro e dezembro, a probabilidade de La Niña se manifestar pode aumentar para 60%. Por outro lado, há uma chance de 45% de que as temperaturas do Pacífico permaneçam estáveis, como observado nos últimos seis meses, sem os efeitos acentuados nem do resfriamento de La Niña nem do aquecimento de El Niño.
Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, destacou a importância das previsões sazonais, considerando-as uma “ferramenta de inteligência climática” que pode ser crucial para a preparação e resposta a desastres naturais, potencialmente salvando vidas e economizando milhões em setores como agricultura, energia, saúde e transporte. O relatório da OMM também aponta que a probabilidade de El Niño se desenvolver entre setembro e dezembro é baixa.
A OMM relembra que as mudanças climáticas induzidas pelo ser humano estão elevando ainda mais as temperaturas globais e intensificando eventos climáticos extremos. Nos últimos dez anos, todos os anos estão entre os dez mais quentes já registrados, com 2024 se destacando como o mais quente até agora. Em 2022, a temperatura média global ficou 1,55 °C acima da média histórica de 1850-1900, segundo análise de dados internacionais.
Origem: Nações Unidas