Mais de 30 mil famílias na Área Metropolitana de Lisboa (AML) ainda aguardam por uma habitação, conforme dados oficiais coletados em julho e divulgados pela agência Lusa. Entre os 18 municípios da região, Lisboa se destaca com cerca de 15.700 famílias em lista de espera, das quais 8.700 estão inscritas no Programa de Arrendamento Apoiado. Outras cidades como Sintra e Setúbal também enfrentam desafios significativos, somando milhares de pedidos, enquanto Seixal e Vila Franca de Xira foram os únicos a não responder ao levantamento.
Apesar dos esforços realizados por diversas autarquias, como a entrega de cerca de 3.000 habitações em Lisboa e programas de construção em municípios como Oeiras e Cascais, a resposta continua aquém da demanda. Iniciativas em cidades como Almada e Barreiro demonstram que, mesmo com ações em andamento, a crise habitacional requer soluções mais robustas e coordenadas. A média de rendimento das famílias na lista de espera é alarmante, o que ilustra a gravidade da situação.
Neste contexto, as câmaras municipais da AML estão unindo esforços para reivindicar um Plano de Emergência Nacional para a Habitação. Líderes locais, como Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, enfatizam que a habitação é um direito constitucional e que a solução deve ser uma responsabilidade conjunta entre o Estado e os municípios. Com quase 30% da população de Portugal Continental residindo na AML, as autarquias enfatizam a necessidade urgente de uma coordenação nacional eficaz e recursos adequados para enfrentar essa crise habitacional.
Ler a história completa em Idealista Portugal